A Atrevia adotou medidas de flexibilidade laboral há mais de 20 anos

Em Portugal, a flexibilização laboral continua a avançar a um ritmo mais lento do lá fora. Enquanto Espanha se prepara para reduzir a semana de trabalho para 37,5 horas ainda este ano, muitas empresas nacionais olham para a medida com reservas. Contudo, organizações que já deram este passo revelam que modelos mais flexíveis podem trazer ganhos reais em termos de motivação, produtividade e retenção de talento.

No setor da comunicação, a Atrevia Portugal tem adotado práticas que vão em contraciclo com a realidade nacional, implementando medidas como horário reduzido durante as férias e tardes livres às sextas-feiras. “Há muitos anos que temos políticas de flexibilidade e de apoio à conciliação, desde modelos híbridos a horários adaptados e uma cultura muito focada em resultados. Isso permite-nos não só estar preparados para mudanças futuras, mas sobretudo também liderar pelo exemplo”, explica à RHmagazine a Presidente da empresa, Daniela Agra.

“Estudos recentes demonstram que os colaboradores valorizam a flexibilidade de forma equivalente a um aumento salarial de cerca de 8%”, realça. E acrescenta: “Na Atrevia confirmamos isso mesmo com medidas como teletrabalho, horários flexíveis, jornada contínua ou tardes livres às sextas-feiras, são altamente valorizadas”. “No caso dos colaboradores com filhos, por exemplo, a possibilidade de estarem mais presentes para as famílias é algo precioso, sobretudo após o que todos vivemos durante a pandemia.”

Em Espanha, a redução da semana de trabalho para 37,5 horas está prestes a tornar- se realidade. Como vê esta evolução no contexto europeu e qual o impacto que poderá ter em Portugal?

A redução da semana de trabalho para 37,5 horas, em debate em Espanha, é um reflexo de uma tendência mais ampla de modernização laboral na Europa como em França, Alemanha ou Bélgica, que valoriza cada vez mais a qualidade de vida, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, e a atração e retenção de talento. Mais do que uma questão de números, trata-se de uma mudança de paradigma, para olhar para o trabalho com foco em resultados, inovação e bem-estar.

Esta discussão é positiva porque abre caminho a novas formas de pensar o futuro do trabalho. Cada organização terá de encontrar o seu próprio ritmo e modelo, equilibrando sustentabilidade, produtividade e cultura interna. Não existe uma fórmula única, e o importante é que as empresas possam encontrar soluções ajustadas à sua realidade e ao seu talento.

Na Atrevia, este caminho não nos é estranho. Há muitos anos que temos políticas de flexibilidade e de apoio à conciliação, desde modelos híbridos a horários adaptados e uma cultura muito focada em resultados. Isso permite-nos não só estar preparados para mudanças futuras, mas sobretudo também liderar pelo exemplo, em várias frentes deste desafio em que as organizações se encontram. É um movimento que beneficia as pessoas, mas também as empresas e a sociedade em geral, e acreditamos que vai continuar a ganhar força nos próximos anos.

Quais são, na sua opinião, os principais obstáculos que ainda dificultam a flexibilização laboral em Portugal?

A flexibilização do trabalho tem vindo a ganhar destaque em Portugal, mas ainda enfrenta diversos entraves, tanto de cariz estrutural como cultural. Empresas tradicionais, sobretudo na indústria e em setores que exigem presença física constante, encontram dificuldades em implementar horários flexíveis ou mesmo teletrabalho. No entanto, vemos sinais claros de mudança. As novas gerações exigem maior flexibilidade e autonomia, e estudos internacionais demonstram que, quando bem implementada, a flexibilidade pode mesmo aumentar a produtividade de forma significativa.

A Atrevia Portugal adotou um horário reduzido nas férias e tardes livres à sexta-feira. Como surgiu esta iniciativa e como foi recebida pela equipa e gestão?

A Atrevia adotou medidas de flexibilidade laboral há mais de 20 anos, incluindo a jornada contínua no verão e tardes livres às sextas-feiras, que já são uma “tradição” nossa que foi transposta, naturalmente, para Portugal. Esta iniciativa nasce da convicção de que a conciliação e a motivação são eixos estratégicos, queríamos dar mais espaço aos colaboradores sem afetar a qualidade do serviço que entregamos. Foi recebida de forma muito positiva tanto pela equipa como pela gestão, reforçando a cultura de confiança mútua e valorização do capital humano que temos vindo a promover desde a nossa fundação.

Que resultados observam em termos de motivação e produtividade? 

Os resultados que temos vindo a observar refletem um impacto direto na motivação e na produtividade. Em estudos internos, a perceção de conciliação cresceu de forma expressiva nos últimos anos, acima dos 15 pontos percentuais. Assistimos, por exemplo, a uma taxa de absentismo nula, uma elevada disponibilidade para ajustes às necessidades dos clientes e da empresa, e maior foco e eficiência.

Reconhecimentos como o Best Place to Work e a nossa presença em vários rankings confirmam que a flexibilidade, quando estruturada e sustentável, valoriza os nossos talentos, numa área pautada por um grande nível de exigência e especialização, e reforça a capacidade organizacional de gerar valor.

No seu contacto com empresas de vários setores, sente que há maior abertura para a flexibilização? Que tipos de organizações poderão beneficiar mais rapidamente destas práticas?

Sim, a abertura é crescente, sobretudo em organizações de base tecnológica, em áreas de grande especialização onde o talento escasseia, ou em funções que não exijam um acompanhamento presencial constante. Cada empresa, contudo, tem o seu ponto de partida. O essencial é encontrar modelos de flexibilidade que respeitem a realidade de cada um e que acrescentem valor tanto às pessoas como ao negócio.

De que forma a flexibilidade laboral influencia a atração e retenção de talento? Crê que, no futuro, será um critério tão decisivo quanto o salário?

Não diria no futuro, mas já hoje. Na nossa realidade atual, e sobretudo nas áreas que exigem profissionais mais qualificados ou especializados, os benefícios já não se resumem apenas a um salário competitivo. Estudos recentes demonstram que os colaboradores valorizam a flexibilidade de forma equivalente a um aumento salarial de cerca de 8%.

Na Atrevia confirmamos isso mesmo com medidas como teletrabalho, horários flexíveis, jornada contínua ou tardes livres às sextas-feiras, são altamente valorizadas. No caso dos colaboradores com filhos, por exemplo, a possibilidade de estarem mais presentes para as famílias é algo precioso, sobretudo após o que todos vivemos durante a pandemia. A vontade de ter uma maior qualidade de vida persistiu e não vai mudar. À luz do que já observamos atualmente, acredito que cada vez mais a flexibilidade laboral será, sem dúvida, um fator determinante para a fidelização de talentos.

Quais são as principais tendências que prevê para o futuro do trabalho em Portugal e que impacto poderão ter nas organizações?

Diria que o futuro do trabalho em Portugal passa invariavelmente pela valorização das pessoas em toda a sua dimensão humana e na reconfiguração dos modelos de trabalho, de modo a acomodar e combinar não só as necessidades profissionais, mas também pessoais. Na Atrevia vivemos isto diariamente. Somos uma empresa inclusiva, com forte presença feminina em cargos de direção, incluindo na presidência, mas também com um compromisso abrangente com a diversidade em todas as suas dimensões. Acreditamos que equipas diversas são mais inovadoras, criam mais valor e estão mais preparadas para o futuro. Tanto nesta questão como na adoção gradual de modelos flexíveis, os resultados observados noutros países são claros, com exemplos de empresas que demonstram que é possível conciliar rentabilidade, produtividade e bem-estar. Mesmo ao nível da comunicação interna, caminhamos cada vez mais para modelos altamente transparentes e éticos, em que há uma cultura de abertura e de entreajuda extremamente humana e pessoal. Há amizades para a vida que começam num escritório e isso é de louvar.

Num contexto tecnológico e cada vez mais interconectado, dominado pela inteligência artificial, acredito sinceramente que as pessoas se vão consolidar como agentes estratégicos das organizações e que a confluência de valores, como preocupações ambientais, sociais e económicas, será um fator de coesão, identidade e competitividade fundamental.

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