São cada vez mais as empresas e organizações que desejam implementar um canal móvel para comunicar com os seus stakeholders. As possibilidades oferecidas pela tecnologia aliadas à imediatez e proximidade dos smartphones formam o caminho essencial para o empreendedorismo. No entanto, há que estabelecer uma estratégia e diretrizes adaptadas a este canal para não cair em erros como a saturação, complexidade ou irrelevância. Baseados na nossa experiência em desenvolver e gerir canais móveis para os nossos clientes, decidimos redigir este decálogo com aspetos chave a ter em conta. Tem como objetivo ser uma ferramenta de auxílio para os nossos clientes e parceiros no momento de definirem a sua estratégia de comunicação móvel.
- User centric
Sempre na pele do utilizador. Quais são os conteúdos que realmente interessam? Estes conteúdos têm uma estrutura lógica, intuitiva e user-friendly? O conteúdo não só tem de ser apropriado para o contexto em que se encontra, como também tem de ser pensado e adaptado às necessidades dos utilizadores e à sua forma de interagir com o conteúdo. Mais do que informar, trata-se se oferecer serviços ou ferramentas necessárias ao utilizador.
- Menos é mais
Num mundo saturado de mensagens, o verdadeiro objetivo é oferecer conteúdo relevante para o utilizador. Sermos claros e concisos. O utilizador exige conteúdos imediatos, fáceis e que acrescentem valor. Se um utilizador faz mais de três cliques para encontrar o que precisa, algo de errado estamos a fazer. Perdemos a recorrência de acesso e interesse.
- Modelo de governance
Capacitar determinados utilizadores para serem donos do seu próprio canal. Um modelo que permita sistematizar e criar um sistema de fluxos de acordo com a estratégia de negócio onde cada responsável de conteúdos decida quais são os conteúdos de interesse para a sua comunidade. Através de um sistema de autorizações, diferentes funções de gestão são concedidas aos utilizadores para assegurar um controlo e um bom funcionamento da APP.
- Conteúdo Mobile Friendly
Mais multimédia. Mais conexão. Menos texto. Em linha com as características do uso do dispositivo móvel, a informação que transmitimos através da app têm de ter novos formatos, ser visualmente atrativa e fácil de ler, onde prima a imagem e o audiovisual sobre o texto. Deste modo, conseguimos uma navegação intuitiva, fácil e rápida para os utilizadores.
- H2H
Da segmentação à personalização do conteúdo. Cada utilizador tem as suas necessidades concretas, pelo que é imprescindível escutá-las e selecionar cuidadosamente a informação que queremos transmitir. Criando conversas próximas que fortaleçam a relação com o utilizador.
- Menos push e mais pull
Um canal móvel que nos permita aproveitar as funcionalidades dos dispositivos e colocá-las ao serviço do canal. Como é o caso das notificações push segmentadas em função do utilizador. No entanto, não se trata de saturar todas as funcionalidades, mas de fazer um uso eficiente e eficaz das mesmas, priorizando o seu uso com conteúdos de qualidade.
- Um canal vivo
Envolver os utilizadores dinamizando e adicionando novos conteúdos de forma constante. A implementação de novidades deve ser um processo em movimento, não se trata de lançar tudo em simultâneo, nem de não atualizar o conteúdo. O equilíbrio encontra-se na introdução gradual das funcionalidades para não saturar o utilizador e para que este se possa adaptar ao conteúdo.
- Employee empowerment
Passar da comunicação unidirecional à multidirecional. Onde o objetivo não é somente informar, mas também criar canais de escuta e novas vias de comunicação entre os colaboradores para que estes criem sinergias e comunidades. O colaborador não é só consumidor, como também cria o seu próprio conteúdo, tornando-se num prosumer.
- Uma só porta de entrada
É imprescindível contar com um canal capaz de se adaptar e integrar nos canais ou processos já existentes. Não se trata de duplicar canais ou conteúdos. A chave está em centralizar e unificar o acesso à informação para facilitar a experiência do utilizador. Aumentando a produtividade e eficácia dos processos na organização.
- Medir para melhorar
Medir o impacto das ações de comunicação de forma recorrente permite uma visão 360 de como estão a chegar as mensagens aos utilizadores, as suas preferências, opiniões… Os resultados destas medições oferecem pistas para poder redefinir a estratégia e os conteúdos que aumentarão o engagement.
* Bonus Track: Gamification
Se procuramos criar uma chamada à ação e à participação, é essencial promover novos hábitos e comportamentos no utilizador. Tal consegue-se graças a um canal interativo que gera engagement e retira o máximo partido das estratégias de comunicação. Dê asas à imaginação: lance desafios, concursos, crie conteúdos de realidade aumentada, fomente a competição… e muito mais.