Rosa Cullell, CEO do Grupo Media Capital, foi a convidada de honra da Tertúlia de Comunicação realizada ontem pela ATREVIA. A iniciativa, criada há 15 anos pela consultora, pretende estreitar relações entre líderes do setor mediático português e o mundo empresarial.
Num ambiente distendido, a também ex-jornalista partilhou a realidade do Grupo mediático que dirige, os seus objetivos e projetos de futuro, assim como as dificuldades e desafios que se impunham quando, em 2011, assumiu o cargo.
O Grupo Media Capital é o maior grupo no setor de media em Portugal. Em televisão, detém o canal líder em audiências em Portugal, a TVI – canal ao qual se juntam o canal de notícias TVI24, o TVI Ficção, TVI Reality, TVI África e a TVI Internacional; as rádios Rádio Comercial, líder de audiências em Portugal, a M80, Cidade, SmoothFM e a VodafoneFM; e a Media Capital Digital, cujo principal ativo, o IOL, é o segundo maior portal nacional.
Neste quadro de liderança, Rosa Cullell identificou a aposta na área de conteúdos digitais como uma grande opção estratégica, já iniciada com o lançamento do TVI Player. Esta plataforma digital inovadora, diversas vezes premiada e reconhecida a nível nacional e internacional, permite aceder aos conteúdos dos canais TVI de forma gratuita em qualquer parte do mundo.
Sobre o futuro, Rosa Cullell deixou claro que a Media Capital continuará a apostar na produção de conteúdos nacionais e em língua portuguesa, um dos seus pilares fundamentais. “Queremos fazer telenovelas cada vez mais internacionais a partir de Portugal”, explicou a responsável. A estratégia passa por produzir telenovelas com impacto noutras geografias, nomeadamente em África e na América Latina, onde hoje o Grupo Media Capital já vende e rentabiliza as produções nacionais.
Os constrangimentos sentidos pelos grupos mediáticos quando o investimento publicitário abranda, em conjunto com a possibilidade de gravação de conteúdos, que dificulta a medição realista de audiências, foram temáticas abordadas pela convidada. No futuro, explicou Rosa Cullell, “é provável que os clientes tenham que pagar por gravar conteúdos na sua box, já que estão a usufruir de um conteúdo que é propriedade do média”.
Durante o encontro, os participantes tiveram a oportunidade de debater questões como o futuro da TDT em Portugal, o método de auditoria às audiências, a responsabilidade social e corporativa no Grupo Media Capital ou a forma como promove a conciliação da vida familiar e profissional, entre outras.