Paulo Padrão, Diretor Geral do ECO, foi o convidado de honra da última Tertúlia de Comunicação, realizada no dia 18 de Outubro. Para além do parecer do orador em relação aos principais desafios que o setor dos media económicos encontram, contámos também, com uma partilha informal de experiências relacionadas com a sua atividade profissional.
O projeto ECO foi criado em 2016, e desenvolvido por António Costa (Publisher ECO) e Paulo Padrão. Caracteriza-se pela forte componente digital, posicionando-se como uma referência no setor da Economia, apesar de atualmente englobar também outro tipo de áreas e conteúdos. Pretendem passar de uma visão especialista para multiespecialista (onde se incluirão grupo homogéneos com afinidades com o setor da Economia).
Paulo Padrão partilhou ainda, que o principal objetivo com a criação deste projeto seria agitar o jornalismo económico, abordando esta área de uma forma inovadora e dinâmica, diferindo por completo do que estaria a ser feito no setor. Pretendendo igualmente combater a tendência de estagnação do setor, fecho de diversos meios e queda substancial de vendas.
Com este projeto conseguiram atingir a faixa etária dos 35-45 anos correspondendo a 60% do seu público. No entanto, Paulo Padrão, partilhou que pretendem alargar ainda mais o seu target ambicionando a captação de leitores com idade superior a 45 anos, mesmo tendo em conta a vertente digital deste projeto. No seio deste target, soube-se que a grande maioria detém uma elevada qualificação académica e/ou profissional, sendo que o seu tempo de permanência na plataforma é aproximadamente 7 minutos.
O crescente interesse dos Millennials pela economia, sendo sobretudo uma geração que viveu a grande instabilidade neste setor, tem também impulsionado o crescimento do ECO. Para Paulo Padrão: “os Millennials vão tornar-se adultos e querer pensar na reforma e na educação dos seus filhos de forma sustentada”.
O orador convidado partilhou ainda os principais desafios da implementação de um projeto deste âmbito em Portugal. Tendo em conta toda a crise que os media atravessam, Paulo Padrão, confessou também que o facto de ter iniciado este projeto numa época de recessão económica no país, tornou ainda mais complexo o seu sucesso. Apesar da componente digital se encontrar a destronar os media tradicionais, os leitores de economia em Portugal, continuam a focar-se mais nas versões impressas.