Fernando Esteves, fundador e diretor editorial do Polígrafo, foi o mais recente convidado de honra das Tertúlias de Comunicação. O orador contou a história deste novo site – o Polígrafo – como e porquê é que surgiu e refletiu-se ainda sobre a situação atual do jornalismo, as fake news e a necessidade de verificação da informação.
A ideia do Polígrafo surgiu durante o período das eleições norte americanas, quando Fernando trabalhava ainda na revista Sábado. O aumento exponencial da circulação de fake news durante estas mesmas eleições levou à criação de uma série de sites de fact checking nos Estados Unidos. Estes meios identificavam que cerca de 6 a 8 notícias reveladas por Donald Trump eram, efetivamente, falsas. Foi neste contexto que Fernando se apercebeu do poder e necessidade de meios de fact checking na sociedade atual.
O objetivo de Fernando com a fundação do Polígrafo não foi apenas criar o primeiro meio de fact checking, como também trabalhar e desenvolver o tema da democracia e literacia mediática. O fundador explica que no Polígrafo não fazem apenas fact checking em diferentes graus, como desconstroem rumores e ajudam a combater a desinformação. Neste contexto, Fernando garante que “não andam sempre à procura de mentiras, procuram a verdade” e que, na realidade, cerca de 70% das notícias que lemos online ou nas redes sociais não são verificadas ou confirmadas, o que torna esta informação cada vez mais perigosa para o público.
Por fim, para além deste projeto online, o Polígrafo dedica-se também a projetos no âmbito da educação, através de visitas a escolas onde ensinam as crianças a ler notícias, a desconstruir fake news e a explicar porque não devem acreditar em tudo o que leem.