Negociações entre o Governo e a Banca – Análise e Ação (#ATREVIACovid19)

O que está em causa nas negociações entre o Governo e a Banca

Considerações Prévias

O Governo português está a negociar com a banca uma eventual suspensão do pagamento de prestações nos empréstimos para a casa pelos clientes afetados pelos efeitos económicos da covid-19. A negociação entre a tutela e a banca poderá ainda ser estendida a outro tipo de crédito, por exemplo, crédito automóvel, mas, como já referiu o Ministério da Economia, a prioridade é apoiar as empresas portuguesas.

As Negociações

O Governo de António Costa está em processo de negociação com a banca para uma eventual suspensão do pagamento de prestações nos empréstimos para a casa pelos clientes afetados pelos efeitos económicos da covid-19.
A tutela já anunciou três pacotes de medidas de apoio às famílias e às empresas desde que começou a crise de saúde pública, não obstante, ainda não foi capaz de firmar um acordo com os bancos para aliviar, por exemplo, as prestações do crédito à habitação, seja através de uma moratória dos juros ou a carência do capital ou, como em Espanha, a total suspensão das prestações.
O executivo de Pedro Sanchez, da mesma forma que o de Giuseppe Conte em Itália, criou um apoio para quem estiver a ser afetado pelo fecho de empresas ou despedimentos provocados pela propagação do
surto do novo coronavírus Para aceder a esta iniciativa, os espanhóis apenas têm de pedir nos sites dos seus bancos o apoio criado pelo governo espanhol.
Em Portugal, o ministro das Finanças, Mário Centeno, prometeu até ao final deste mês negociar com os bancos medidas capazes de aliviar os rendimentos dos portugueses afetados com a paralisação da economia O primeiro ministro português afirmou na passada sexta feira que é “do interesse dos bancos” que sejam criadas condições para que as pessoas possam pagar os seus empréstimos bancários.

O Fator Banco Central Europeu (BCE) 

As medidas recentemente anunciadas pelo BCE (Banco Central Europeu) poderão desbloquear a negociação e incentivar os bancos portugueses a adotar medidas semelhantes aos países vizinhos No início do mês de março, o BCE afirmou que o sector possuía as faculdades necessárias para atuar nas atuais circunstâncias, reforçou os seus instrumentos monetários de liquidez e aumentou as compras de dívida em 120 mil milhões de euros até ao final do ano Posteriormente, anunciou uma maior flexibilização das exigências de solidez através de uma maior abertura em termos de rácio (e não nos esquecemos do recente controle do BCE em termos de CET 1 (Common Equity Tier 1). Na sexta feira, horas antes do governo português anunciar novas medidas, o BCE, em conjunto com a Comissão Europeia (CE), deixou claro que o país podia apoiar a economia e definir processos de moratória e de reagendamento de pagamento de prestações e de juros, aumentando os prazos dos empréstimos.
Todavia, é necessário o enquadramento legal das medidas por cada país, de maneira a que a banca não seja forçada a reconhecer os créditos como perdas nos seus balanços e que haja algum tipo de garantia estatal, não necessariamente financeira, mas jurídica ou política Os bancos portugueses estão disponíveis para suspender as prestações dos créditos à habitação aos particulares cumpridores, caso estes tenham sido impactados economicamente pela atual conjuntura, porém exigem a garantia do Governo de que, durante este período de moratória, o não pagamento da prestação mensal não seja considerada como como crédito malparado (NPL – Non Performing Loans) com efeitos nas provisões e nos rácios da atividade.

O exemplo de Itália e Espanha 

Em Espanha, as medidas anunciadas terão a duração de um mês, já em Itália serão até ao final de 2020. Para além da incógnita do tempo em Portugal, também ainda não está claro de que forma irá aliviar as famílias portuguesas. Poderá ser através de uma moratória de juros, uma carência de capital ou a suspensão integral do pagamento Indefinido está também de que forma será acionada a medida, pelo cliente do banco ou dirigida a todos os clientes.

Outras Medidas

A negociação entre a tutela e a banca poderá ainda ser estendida a outro tipo de crédito, por exemplo, crédito automóvel, mas, como já referiu o Ministério da Economia, a prioridade é apoiar as empresas portuguesas, pelo que as suspensões das prestações também deverão abranger os clientes empresariais através de uma moratória e uma garantia pública que cubra 50 do crédito em falta.

Conclusões

O Ministério das Finanças está em negociação com a Associação Portuguesa de Bancos e o Banco de Portugal, com vista à adoção de uma suspensão generalizada do pagamento das prestações da casa na banca.

As condições em que será implementada essa moratória deverão ser reveladas nos próximos dias. Para já, ainda não é conhecido o prazo em que vai vigorar a suspensão fala se na possibilidade de ser até ao final de 2020 nem se inclui o capital e os juros ou apenas o capital. O objetivo dos bancos nas negociações com o Governo é garantir que não são penalizados em termos dos rácios de solidez.

Download deste artigo, aqui.

Newsletter serendipia

Acompanha toda a atualidade ATREVIA e as tendências do mundo da comunicação
Subscrição

Onde estamos

Espanha Portugal Bélgica Argentina  Bolívia  Brasil Chile  Colômbia Equador  México Estados Unidos da América Panamá  Paraguai  Peru República Dominicana

Madrid

C/ Arturo Soria, 99

28043 - Madrid

Tel. (+34) 91 564 07 25

madrid@atrevia.com

Fale connosco

Barcelona

Trav. de les Corts, 55

08028 - Barcelona

Tel. (+34) 93 419 06 30

barcelona@atrevia.com

Fale connosco

Valência

C/Cirilo Amorós, 68

46004 -Valência

Tel. (+34) 96 394 33 14

valencia@atrevia.com

Fale connosco

Corunha

Avenida de Buenos Aires, 5-6

15004 - Corunha

Tel. (+34) 881 255 363

galicia@atrevia.com

Fale connosco

Lisboa

Avda. da Liberdade, 157

1250-141 - Lisboa

Tel. (+351) 213 240 227

lisboa@atrevia.com

Fale connosco

Porto

Rua de Costa Cabral, 777 A

4200-212 - Porto

Tel. (+351) 933 461 279 / (+351) 92 672 82 92

porto@atrevia.com

Fale connosco

Bruxelas

Rue de Trèves 49-51 à 1040

Etterbeek - Bruxelas

Tel. (+32) 2511 6527

bruselas@atrevia.com

Fale connosco

Buenos Aires

Moreno 502

Ciudad Autónoma de Buenos Aires - CAPITAL FEDERAL

argentina@atrevia.com

Fale connosco

Santa Cruz

Santa Cruz -  Bolívia 

Tel. (+591) 67155444

bolivia@atrevia.com

Fale connosco

São Paulo

Av. Ibirapuera, 2120, Cjto. 134

São Paulo – Brasil

Tel. (+55) 11 000718080

brasil@atrevia.com

Fale connosco

Santiago

Alcantara 200 304

Las Condes Santiago - Chile

Tel. Las Condes Santiago - Chile

chile@atrevia.com

Fale connosco

Bogotá

Cra 15 # 88-21. Torre Unika Virrey. Oficina 602

Bogotá -  Colômbia

Tel. (+57) 3506614527

colombia@atrevia.com

Fale connosco

Quito

Avda. Amazonas 3123 y Azuay. Edificio Copladi. Piso 8

Quito - Equador 

Tel. (+593) 987164389

ecuador@atrevia.com

Fale connosco

Guaiaquil

Edificio Sky Building. Oficina 423

Ciudadela Bahía Norte Mz 57 - Guaiaquil

Tel. (+593) 987164389

ecuador@atrevia.com

Fale connosco

Cidade do México

Enrique Wallon 414. Piso 2. Col. Polanco V sección, Alc. Miguel Hidalgo

11580 - Cidade do México

Tel. (+52) 55 5922 4262

mexico@atrevia.com

Fale connosco

Miami

Brickell Key Drive 602

FL 33131 - Miami

usa@atrevia.com

Fale connosco

Panamá

Banistmo Tower. Planta 10. Aquilinio de la Guardia St.

Marbella - Panamá

panama@atrevia.com

Fale connosco

Assunção

Capitán Solano Escobar 294

Assunção-  Paraguai 

paraguay@atrevia.com

Fale connosco

Lima

Av. Camino Real Nº456 Oficina 1003-1004

Torre Real, San Isidro - Lima

Tel. (+51) 652-2422

peru@atrevia.com

Fale connosco

Santo Domingo

Regus Santo Domingo. Roble Corporate Center. Planta 7

Rafael Auusto Sánchez 86, Piantini – Santo Domingo

rd@atrevia.com

Fale connosco