A dificuldade crescente em atrair a atenção dos media, levando-os aos nossos eventos, e o de conseguir que o envio da nossa informação seja concretizado em notícias é o duelo com que diariamente nos confrontamos enquanto consultoras de comunicação a atuar num mercado cada vez mais competitivo.
Hoje em dia já não é suficiente que uma estratégia de marca se baseie unicamente numa boa comunicação, consubstanciada no envio do simples comunicado de imprensa ou press kit. As tradicionais conferências de imprensa também já não cativam este target, nem são motivo para o fazer sair das redações. É imperativo reinventarmos os eventos corporativos e da área de consumo se queremos caminhar para a inovação e impactar os media e outros influencers (bloggers e youtubers). Mas como?
As marcas devem ser transformadas em experiências, seja num evento, congresso, conferência ou na esfera digital. E é essa capacidade criativa que a maioria das empresas/marcas procura, cada vez mais, numa consultora de comunicação.
Jornalistas e influenciadores procuram, cada vez mais, experiências que sejam únicas e memoráveis. Se não proporcionarmos/desencadearmos uma interação e um maior envolvimento com a marca/produto, de forma a transmitirmos as mensagens chave da marca que comunicamos, não vamos “deixar marca” nem ficar em top of mind. Isto não significa, contudo, que atuar desta forma seja uma condição para garantir presenças – afinal de contas, os eventos são cada vez mais e o número de jornalistas nas redações cada vez menor. Mas a probabilidade de causarmos impacto e de despertarmos interesse aumenta consideravelmente.
De acordo com uma pesquisa da London & Partners, o convention bureau oficial de Londres, e da CWT Meetings & Events, agência global de reuniões e eventos, 78% dos inquiridos acredita que eventos multi-sensoriais oferecem experiências mais memoráveis e criativas para os participantes, enquanto 42% dizem que ativações sensoriais também podem ajudar os eventos a destacar-se da concorrência. Três quartos dos entrevistados concordam que os sentidos devem ser cada vez mais incorporados em eventos, a fim de proporcionarem maior envolvimento entre os participantes.
A realidade virtual e a realidade aumentada também têm vindo a ganhar terreno no mercado das novas tecnologias e o seu potencial poderá vir a revelar-se brevemente nos eventos/ativações que planearmos realizar. Tal como o potencial das redes sociais que pode e deve continuar a ser aproveitado. Atente-se ao papel crucial de uma simples hashtag – criada especificamente para um evento – na contabilização de partilhas geradas sobre um acontecimento.
Ao oferecerem uma experiência memorável, as marcas não criam apenas uma ligação emocional duradoura ao seu target. Fazem mais do que isso: possibilitam-nos criar mais um gancho de comunicação e alcançar mais impactos nos meios offline e online! É precisamente essa a nossa visão de marcas esféricas: aquelas que apaixonam e surpreendem os diversos públicos através de conteúdos e ações originais adaptadas aos diferentes canais.