Muita tinta tem corrido sobre aquilo que são as mudanças e transmutações do que é comunicar e, na verdade, mantém-se uma incógnita sobre como conseguir alcançar uma medição concreta e definida da comunicação e como esta deverá efetivamente ser feita. Em todo o caso, existe uma ferramenta principal e insubstituível para conseguir a passagem de uma mensagem de forma eficaz e concisa: as pessoas.
O canal utilizado para a dita comunicação já não é o mesmo que era há 10 anos e vê-se as marcas a correrem todas no mesmo sentido. Fala-se de influência, de conteúdos, de storytelling… e se não há uma medição concreta e definida das relações públicas, hoje esse setor vive numa estrutura muito mais nano e muito menos macro.
Se há uns tempos uma agência de comunicação englobava ativação de marca, public relations e assessoria, gestão de influencers, eventos, criação do storyteller e tanto mais, hoje a agência continua a fazer isso e a reinventar-se com novas ferramentas de comunicação e formas de impacto. Mas todos os dias surgem novas nano empresas dedicadas a uma das áreas mencionadas acima. Culpa dos tempos? Talvez. Mas a verdade é que assistimos a uma crise de identidade onde acaba por existir um conflito entre nano e macro empresas.
Poderá esta nova realidade de mercado estar a contribuir para que os Diretores de Marketing percam o verdadeiro conceito daquilo que são as Public Relations?
As Public Relations eram o back office, os gestores de key opinion leaders e key opinion formers, os que influenciavam, os que eram ouvidos e procurados. Hoje, vê-se uma tendência a que os próprios Consultores sejam também eles influenciadores, criadores de conteúdos. Devem ser inspiracionais e com quem as próprias marcas que trabalham se identificam.
Se as relações publicas devem reinventar-se? Todos os dias. Se é possível a coexistência de todas as formas de comunicação? Garantidamente. Se há formas de comunicar mais eficazes que outras? Por certo que sim.
Mas apenas os clientes poderão verdadeiramente avaliar o que lhe dará um maior benefício no final do dia: se uma entidade que engloba a maioria dos serviços, capaz de manter o tom da marca, e uma estrutura onde há partilha de conhecimento e experiências, ou se várias entidades que aportarão diferentes expertises. Seja qual for a decisão, terá de ser algo a definir desde o início, definindo o papel de cada um, garantindo um trabalho eficiente e estratégico, tanto da agência como da própria marca.
Porque estou certa de algo, todos trabalharão para potenciar aquilo que é o engagement e awareness de um serviço ou de uma marca, com qualquer que seja a ferramenta que lhe tenha sido imputada e confiada.